sábado, 15 de setembro de 2012

O AMOR

O amor rociou-me a face, quando a ternura materna me beijou pela primeira vez. Eu era, então, inocente e puro. O amor fez-me arder o corpo, quando beijei a jovem ansiosa pela primeira vez. Eu era, então, sonhador e esteta. O amor conduziu-me ao delírio, quando mergulhei no prazer. Eu era, então, mundano e inquieto. O amor asserenou-me, quando o lar abriu-me as sutis portas à responsabilidade da família.
Eu era, então, amadurecido e responsável. Agora, quando a sabedoria me adorna a mente com a coroa da paz, e o corpo alquebrado liberta o espírito, em tudo e em todos descubro o Amor, que não pede, doa, que não perturba, acalma, que é o palpitar da vida no ventre da Criação. Oh! Amor dominante! Comanda o coração humano para que só tu sejas o senhor e o escravo dele, que, desejando dominar, faz-se dominado, e quando se te escraviza, torna-se dominador.

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